Tradições do Tiro Esportivo

De acordo com Oliveira Neto, compreende-se como patrimônio cultural qualquer bem material ou imaterial, produzido pelo homem ou pela natureza, cuja identificação, preservação e fruição são importantes para as identidades e memórias das comunidades nas quais ele está inserido. Nesse sentido, as atividades esportivas podem ser consideradas formas de patrimônios culturais, já que muitas delas servem de alicerces para as identidades e memórias dos seus praticantes.

A prática do tiro ao alvo é um exemplo disso. Esporte de origem medieval e europeia, foi introduzido no sul do Brasil durante a primeira metade de anos de mil e oitocentos, através da colonização alemã na região. Nas colônias, ele passou a ser praticado em locais específicos, conhecidos como Schuetzen-Vereine ou sociedades de atiradores. 

Como forma de preservar esta tradição no Município, foi instituído pela Lei Municipal nº 7.616/2018, de 17 de abril de 2018, o PROGRAMA BOLSA CULTURAL. Em seu art. 3º, tem como objetivos:

I – fomentar ensino, formação, qualificação, aperfeiçoamento, difusão, preservação e expressão de manifestações artísticas e culturais, em consonância com as metas, diretrizes e objetivos do Plano Municipal de Cultura;

II – desenvolver a prática de atividades culturais e artísticas como meio de promoção educacional, social e cultural, mediante a concessão de bolsas remuneradas e incentivos técnicos e materiais;

III – incentivar talentos artísticos e culturais, beneficiando indivíduos residentes no Município;

IV – valorizar e apoiar artistas, agentes e entidades culturais, incentivando e aperfeiçoando habilidades e projetos artístico culturais em ações de formação, multiplicação do conhecimento e experiências à comunidade.

As aulas acontecerão nas Sociedades inscritas mediante o Edital de Credenciamento nº 68/2022/SECEL/PMJS PROGRAMA BOLSA CULTURAL – INCENTIVANDO TALENTOS – SABERES IMATERIAIS.

Referência: OLIVEIRA Neto, Wilson de, et al. Esporte e patrimônio cultural: o tiro e as sociedades de atiradores em São Bento do Sul no início do século 21. Florianópolis: UDESC, 2011.